Thursday, June 25, 2009

Lost in Translation

Aqui em NY é tudo rapidinho. Você chega num café ou numa loja, e o atendente quer que você seja breve e objetivo. Entre num restaurante, e, antes de acomodar a bunda na cadeira, o garçom já quer saber o que você quer beber; antes de terminar a segunda linha do cardápio, lá volta ele para pegar o pedido. Eu acabo usando pouco as moedas que recebo de troco, porque contar moedas leva tempo, e o atendente já faz um ar de irritação. Minha carteira, como consequência, está gorducha. E pretendo fazer um curso intensivo de moedas americanas - por que os 10 centavos têm que ser tão pequenos?
Sabe quando você entra no McDonalds (em qualquer lugar do mundo) e tem que ter o pedido decorado? As pessoas uniformizadas do balcão já esperam que você saiba o que quer: "umnúmeroquatrocomcocalighteumatortinhademaçã". Bom, NY é um grande McDonalds.
Outro dia, porém, consegui desconsertar uma funcionária do Starbucks. Era hora do almoço, o lugar estava lotado, e não dava pra entender se havia alguma fila. Pequei um sanduíche pronto e perguntei como fazia para pedir a bebida. Ela respondeu, prontamente, que era para pedir e pagar ali, que logo depois me chamariam.

* O que você quer beber?, perguntou ela.
* Um chá batido.

(eu já estava com meu pedido pronto na cabeça)

*que chá?
* verde
* adoçado ou não?
* adoçado
*que tamanho?
*médio

(imagine este diálogo em inglês, e muito rápido)

aí, depois de me cobrar, ela fez a pergunta final:

* qual seu nome?
*hein? meu nome?
*é, seu nome. pra eu escrever no copo e te chamarem quando o chá ficar pronto.
* aaaah, ok. meu nome é Leticia.

(silêncio....)

* uhm, vou botar só L.

e foi assim que eu virei "só L" no Starbucks perto de casa.

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